Mulher é detida após ofender treinador com insultos racistas e imitar gestos de primata; audiência de custódia está marcada para domingo
Na manhã deste sábado, 2 de novembro, uma psicóloga foi presa em flagrante em Goiânia por suspeita de crime de racismo durante um campeonato de futebol infantil. O incidente ocorreu no Residencial San Marino, onde a mulher, mãe de um dos jogadores, teria chamado o técnico de uma das equipes de “macaco” e feito gestos imitando um primata, em uma atitude explicitamente racista.
Após as ofensas, o treinador acionou a Polícia Militar (PM). No entanto, antes da chegada dos agentes, a suspeita havia deixado o local. A Polícia Civil conseguiu localizá-la e realizou a prisão em sua residência, no setor Marista. Ela permanece detida e, sem direito a fiança, terá uma audiência de custódia marcada para este domingo, 3 de novembro.
O marido da acusada, que é médico, alegou que sua esposa estaria sendo “perseguida por ser bonita.” A identidade da mulher não foi revelada. O caso foi registrado como crime de racismo pelo delegado Humberto Teófilo, da Central de Flagrantes de Goiânia, segundo a legislação vigente.
A tipificação do crime é sustentada pela recente legislação de 2023, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforça a pena para injúria racial, configurando-a como racismo com pena de até cinco anos de prisão.
Por: Tatiane Braz
Foto: Divulgação/PC