Influenciador digital e ex-candidato a prefeito de São Paulo nega autoria do documento falso, atribuindo responsabilidade a assessores
Nesta sexta-feira (8/11), o influenciador digital e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal, do PRTB, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) sob acusação de uso de documento falso. Marçal é suspeito de divulgar nas redes sociais um laudo falso contra o candidato Guilherme Boulos, do PSol, na véspera do primeiro turno das eleições municipais, realizado em 4 de outubro. O conteúdo da postagem visava desacreditar Boulos junto aos eleitores, lançando dúvidas sobre sua reputação em um momento crucial da campanha.
Em depoimento de aproximadamente três horas na Superintendência Regional da PF, na zona oeste de São Paulo, Marçal negou qualquer envolvimento direto na criação ou disseminação do documento falso. Segundo ele, a publicação foi responsabilidade de sua equipe de campanha, que teria agido sem seu conhecimento prévio. No entanto, a PF ainda investiga o nível de envolvimento de Marçal e sua responsabilidade na disseminação de informações enganosas.
A investigação foi motivada por uma notícia-crime apresentada pelo PSol e está em andamento no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O caso chama atenção para os desafios que a Justiça Eleitoral enfrenta diante de práticas de desinformação em tempos de eleição, especialmente quando informações falsas podem afetar diretamente a imagem de candidatos e influenciar decisões do eleitorado.
A PF reforçou que práticas de manipulação de dados e desinformação são tratadas com rigor, especialmente em contextos eleitorais, em que a integridade do processo democrático deve ser garantida. Se condenado, Marçal poderá enfrentar sanções penais, além de comprometer futuras campanhas políticas.
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução/Facebook