Investigação analisa troca de tiros que resultou na morte de Leandro Gadelha; quatro suspeitos foram indiciados
A Polícia Científica revelou que o policial militar Leandro Gadelha da Silva, morto durante uma operação no dia 22 de julho, foi alvejado por uma bala disparada por um colega. Conforme o laudo balístico divulgado na última quarta-feira (13), Gadelha sofreu cinco disparos — dois no peito, um na perna, um no braço e outro no antebraço. O único projétil encontrado em seu corpo, retirado de seu peito, pertence, segundo a perícia, à própria Polícia Militar.
A investigação sobre a morte de Gadelha segue em andamento. O laudo foi enviado à Gerência Executiva de Correições e Disciplina da Polícia Militar e ao Grupo de Investigação de Homicídios de Novo Gama. Em nota oficial, a PM declarou estar colaborando com as apurações e fornecendo todos os dados necessários para esclarecer o incidente.
Apesar dessa conclusão da perícia, a Polícia Civil manteve o indiciamento de quatro suspeitos presentes na cena por homicídio e tentativa de homicídio. Segundo o relatório policial, os homens estavam envolvidos em uma negociação de armas, que resultou em uma troca de tiros com os policiais, culminando na morte de Gadelha e de outro homem.
A troca de tiros teve início quando uma equipe da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) chegou ao local e encontrou os suspeitos. Segundo a PM, a abordagem foi recebida com disparos, mas os agentes não conseguiram identificar quem teria iniciado o ataque. Cinco pessoas foram detidas; uma delas foi ferida e levada para um hospital em Anápolis. Os demais foram presos em flagrante e indiciados pela Polícia Civil.
Logo após Gadelha ser atingido, um dos policiais solicitou apoio de emergência em áudio, demonstrando a gravidade da situação: “Preciso de apoio do SAMU! Estou subindo o Pedregal, policial ferido. Preciso deles!”, informou.
Em depoimento posterior, um dos policiais relatou que um dos suspeitos admitiu ter atirado, alegando nervosismo diante da abordagem da Rotam. Esse relato foi incluído no processo que converteu a prisão dos suspeitos de flagrante para preventiva.
As autoridades continuam investigando o caso, buscando esclarecer o contexto exato do confronto e a origem dos disparos que resultaram na morte de Leandro Gadelha.
Por: Redação
Foto: Reprodução