Especialista explica sobre essa condição e destaca que ela pode ser revertida com algumas mudanças no estilo de vida
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes desenvolvem o diabetes tipo 2. Em 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes e o mês também ganha a cor azul para alertar para esta doença, que devido aos números apresentados precisa de uma atenção especial. E o pré-diabetes é pouco abordado, mas também é preciso estar atento, pois é uma condição clínica caracterizada pelos níveis altos de glicose no sangue, mas não a ponto de caracterizar o diabetes tipo 2, é um sinal de alerta do corpo.
A endocrinologista Thais Castanheira, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica sobre essa condição. “O pré-diabetes é uma condição intermediária entre uma pessoa que tem uma glicose normal e uma pessoa que tem diabetes. Então a gente consegue definir o pré-diabetes através dos exames, como glicemia de jejum, hemoglobina glicada e pela curva glicêmica. É uma situação de hiperglicemia leve, que ainda não fecha critérios para diabetes, mas também não é uma glicose normal”.
Segundo a especialista, a doença é silenciosa. “Não vai gerar nenhum sintoma, é uma hiperglicemia leve, então o paciente não vai saber que tem uma alteração de glicose, a gente só vai conseguir fazer esse diagnóstico mesmo por exames”, pontua, falando ainda sobre a origem dela. “As causas do pré-diabetes são muito semelhantes às causas do diabetes, que é principalmente um estilo de vida que condiz com uma alteração de glicose, ou seja, um consumo alto de carboidrato, açúcar, sedentarismo e um paciente que tem uma história familiar positiva para diabetes”, completa.
Reversão
Thais Castanheira elenca as pessoas que têm mais chances de desenvolver o pré-diabetes. “Pacientes principalmente que têm uma história familiar positiva de diabetes e aqueles que têm um estilo de vida ruim são mais sujeitos, ou seja, sedentários, obesos, quem faz alto consumo de açúcar e carboidrato”. Contudo, ela ressalta que é possível evitar a evolução da enfermidade. “Se o paciente começa a fazer atividade física, diminui o consumo de carboidrato, melhora a qualidade desses carboidratos que ele está ingerindo, diminui o consumo de açúcar, de processados, passa a ter um estilo de vida mais saudável, ele pode conseguir normalizar completamente essa glicemia e não ser mais um pré-diabético”.
A endocrinologista Thais Castanheira explica que o pré-diabetes é uma condição intermediária entre uma pessoa que tem uma glicose normal e uma que tem diabetes – Foto: Arquivo Pessoal
No entanto, a médica explica como proceder se o pré-diabetes evoluir para diabetes. “Alguns pacientes vão evoluir para o diabetes, principalmente os que não aderiram às mudanças de estilo de vida. Então, eles vão precisar de um tratamento mais complexo, que vai necessitar de medicamentos. A gente tem a opção de medicamentos orais e injetáveis, mas a mudança de estilo de vida, que era o pilar do tratamento do pré-diabetes, continua sendo fundamental no tratamento do diabetes para a gente conseguir ter um bom controle da doença”, afirma Thais Castanheira.
Por: Redação
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