Partido aponta plano para assassinato de Lula e ataque ao STF, debatido na residência de Braga Netto em 2022
Nesta terça-feira (19), o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Walter Braga Netto. A solicitação é baseada em informações da Polícia Federal sobre um suposto plano, debatido em novembro de 2022, que incluía o assassinato de autoridades públicas, como o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A deputada Erika Hilton (Psol-SP) anunciou a ação pelas redes sociais, afirmando que “não há justificativas para que permaneçam em liberdade”. Hilton argumenta que Bolsonaro e Braga Netto, mesmo fora do poder, “continuam representando um risco iminente à democracia e à segurança nacional”.
Detalhes da investigação
Segundo a PF, o plano foi discutido em um encontro na casa de Braga Netto em 12 de novembro de 2022, conforme revelado na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O objetivo seria evitar a posse de Lula e Alckmin em 2023 e eliminar opositores do regime democrático, como Moraes.
Ainda de acordo com a investigação, as estratégias incluíam ataques simultâneos com alto conhecimento técnico-militar e métodos como envenenamento e explosivos.
Posicionamento do Psol
Hilton destacou que “ignorar a gravidade dessas denúncias seria uma afronta à democracia”. Para o partido, a prisão preventiva é essencial para garantir a segurança de autoridades e impedir possíveis novas conspirações.
Respostas pendentes
Até o momento, Bolsonaro e Braga Netto não se manifestaram sobre as acusações. O espaço permanece aberto para suas defesas.
A investigação segue em curso, com novos desdobramentos previstos nos próximos dias, incluindo possíveis ações judiciais contra outros envolvidos no esquema.
Por: Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil