Animal perdeu o voo após corte nas asas e morreu eletrocutada em fio de alta tensão.
A Polícia Civil de Goiás concluiu que a morte da arara Pipoca, símbolo de liberdade e conhecida nas redes sociais por sua docilidade, foi resultado de maus-tratos cometidos por um casal em Trindade, Região Metropolitana de Goiânia. O animal morreu eletrocutado após perder a estabilidade no voo, consequência direta do corte inadequado de suas asas.
De acordo com o delegado Thiago Escandolhero, a investigação revelou que o casal capturou Pipoca e a levou para a casa de um familiar, onde cortaram suas asas, prejudicando sua habilidade de voar. “Através de imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas, identificamos que a arara passou uma noite exposta à chuva, em um sobrado em construção, sem condições de se proteger ou retornar ao seu abrigo habitual”, explicou o delegado.
Dias depois, mesmo debilitada, Pipoca conseguiu voltar ao local onde vivia livre há mais de três anos. No entanto, durante um voo rotineiro em direção à feira do Carreiródromo, local que frequentava todos os domingos, a arara perdeu o controle e pousou em um fio de alta tensão, onde sofreu o acidente fatal.
Comerciantes que a encontraram antes do acidente relataram ter levado Pipoca ao veterinário, que confirmou o corte nas asas. Eles afirmaram que o animal, apesar de tratado, ainda estava vulnerável devido à sua condição.
A morte de Pipoca causou grande comoção em Trindade e nas redes sociais, onde o perfil dedicado à arara tinha milhares de seguidores. O casal responsável pelo corte das asas será indiciado por maus-tratos, crime previsto na legislação brasileira que pode resultar em pena de reclusão.
Por: Tatiane Braz
Foto: Redação/Redes Sociais