Paloma Lopes Alves, de 31 anos, sofreu parada cardiorrespiratória após procedimento estético; médico envolvido já foi alvo de acusações anteriores
Paloma Lopes Alves, de 31 anos, faleceu na última terça-feira (26) após passar mal durante a recuperação de uma hidrolipo realizada em uma clínica na Zona Leste de São Paulo. Segundo relatos do médico responsável, Josias Caetano dos Santos, a condição da paciente se agravou de forma súbita, logo após ser encaminhada para a sala de recuperação.
De acordo com o profissional, Paloma apresentou dificuldade respiratória severa e perdeu a consciência poucos minutos depois de terminar o procedimento. Apesar do socorro realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ela chegou sem vida ao Hospital Municipal do Tatuapé. O caso foi registrado como morte suspeita, e as circunstâncias do óbito estão sendo investigadas.
Cirurgia e demora no socorro
O marido de Paloma, Everton Silveira, revelou que o procedimento foi contratado pelas redes sociais e custou R$ 10 mil, pagos via transferência bancária. A cirurgia foi realizada na clínica Maná Day, localizada na Avenida Conselheiro Carrão, e tinha como objetivo tratar áreas do abdome e das costas.
Paloma deu entrada na clínica pela manhã e deveria receber alta no final da tarde. No entanto, após a cirurgia, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória. Segundo Everton, houve demora no acionamento do Samu, o que pode ter contribuído para o desfecho fatal.
“Foi negligência. Eles demoraram muito para pedir ajuda. Não explicaram o que estava acontecendo, e, quando o Samu chegou, ela já estava em situação crítica. No hospital, tentaram reanimá-la, mas infelizmente ela não resistiu”, lamentou o marido.
Médico sob questionamentos
O médico responsável, Josias Caetano dos Santos, já enfrentou outras acusações de erro médico, mas, conforme seu advogado, Lairon Joe, todas as investigações anteriores foram arquivadas sem condenações.
“O Dr. Josias não possui nenhuma condenação penal por erro médico. Estamos à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades,” afirmou o advogado em nota.
Investigação em andamento
As autoridades investigam se houve negligência por parte da clínica ou do profissional. O caso de Paloma traz à tona preocupações sobre a segurança e regulamentação de procedimentos estéticos em clínicas particulares, especialmente quando contratados de maneira informal ou por redes sociais.
A família agora busca respostas sobre o que levou à morte de Paloma e espera que as investigações possam evitar novos casos semelhantes.
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal