Tesouro Nacional destaca crescimento do colchão de liquidez, suficiente para 6,86 meses de vencimentos
A dívida pública federal (DPF) alcançou R$ 7,072 trilhões em outubro, marcando um aumento nominal de 1,80% em relação a setembro, quando estava em R$ 6,947 trilhões. Os dados constam no relatório mensal da dívida pública federal (RMD), divulgado nesta sexta-feira (29) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
O valor mantém a DPF dentro do intervalo estipulado pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê variação entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões no ano.
A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi), principal componente da DPF, registrou um aumento de 1,62%, totalizando R$ 6,748 trilhões. Já a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$ 325,22 bilhões, crescendo 5,82% no período.
Reserva de liquidez cresce
Outro dado destacado pelo Tesouro foi o aumento do chamado “colchão de liquidez” da dívida pública — a reserva de recursos na Conta Única do Tesouro Nacional para pagamento da DPF. Em outubro, o colchão apresentou uma elevação de 4,81%, passando de R$ 784,69 bilhões para R$ 822,42 bilhões, o que assegura cobertura para 6,86 meses de vencimentos de títulos.
Apesar da queda em relação aos 7,27 meses de setembro, o Tesouro considera o montante suficiente para garantir o pagamento de obrigações futuras no curto prazo.
A DPF reflete o montante de recursos captados pelo governo federal para financiar o déficit orçamentário. Ela é dividida entre dívidas internas, com fluxos em reais, e dívidas externas, em moeda estrangeira, ambas geridas de acordo com o planejamento de financiamento público.
Por: Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil