Decisão reconhece legítima defesa e falta de provas contra os policiais militares envolvidos em caso de Anápolis. MP recorre da sentença
Cinco policiais militares acusados de envolvimento em um triplo homicídio em Anápolis, Goiás, foram absolvidos pela Justiça. O crime ocorreu em 23 de agosto de 2021 e foi inicialmente relacionado à morte do empresário Fábio Alves Escobar, segundo denúncia do Ministério Público (MP).
A Justiça entendeu que os policiais agiram em legítima defesa durante uma abordagem de rotina e apontou a ausência de provas suficientes para conectar o caso à morte de Escobar. Os absolvidos são o cabo Glauko Olívio de Oliveira, o primeiro-tenente Adriano Azevedo de Sousa, os cabos Rodrigo Moraes Leal e Thiago Marcelino Machado, além do soldado Wembleyson de Azevedo Lopes.
De acordo com o MP, as vítimas do triplo homicídio — Gabriel Santos Vidal, Gustavo Lage Santana e Mikael Garcia de Faria — eram amigos de Bruna Vitória Rabelo Tavares, assassinada um dia antes. O órgão acusava os PMs de terem matado os três jovens para incriminá-los pelo homicídio de Bruna, que teria sido usada como isca para emboscar Fábio Escobar em junho de 2021.
As mortes foram marcadas por extrema violência: Mikael foi atingido por cinco tiros, sendo quatro no peito e um nas costas; Gustavo levou dois disparos no peito; e Gabriel foi baleado seis vezes a longa distância.
O PM Welton Silva Veiga, apontado como o responsável pela execução de Escobar, não foi vinculado às mortes dos jovens nas investigações. Ele faleceu em janeiro de 2023.
Embora o MP tenha recorrido da decisão, a Polícia Militar informou, em nota, que o caso segue sob análise do Poder Judiciário. As defesas dos policiais não foram localizadas até o momento.
Por: Redação
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