Aline Reis é acusada de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro; benefício foi pago até abril deste ano
A influenciadora digital Aline Reis, conhecida por sua vida de luxo nas redes sociais, é alvo de uma investigação conduzida pela Polícia Civil em Goiás. Aline é acusada de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Apesar do estilo de vida ostentado, ela recebeu o auxílio Bolsa Família até abril deste ano.
De acordo com o delegado Rony Loureiro, os dados da influenciadora foram verificados no Portal da Transparência. “Só em 2024, ela recebeu R$ 4,5 mil de Bolsa Família, benefício destinado a famílias com renda per capita de até R$ 250. Quem recebe esse tipo de auxílio sem necessidade deve responder criminalmente por estelionato ou falsidade ideológica”, afirmou.
O Ministério do Desenvolvimento Social informou que está revisando os cadastros do Bolsa Família para corrigir irregularidades e garantir que o benefício seja destinado apenas às famílias que realmente se enquadram nos critérios.
Operação bloqueia bens de luxo
Na sexta-feira (6), uma operação da Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Aline, localizada em Cristalina (GO). Durante a ação, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 600 mil em bens da influenciadora.
Além de Aline, outras duas influenciadoras digitais também foram alvo da operação: Carol de Souza e Tawane Alexandra. Ambas são suspeitas de participarem de esquemas de jogos de azar ilegais e de lavarem dinheiro para ocultar a origem dos recursos.
“O padrão de vida incompatível com a renda declarada, incluindo viagens internacionais, imóveis e carros de luxo, indicava a prática de crimes como o ‘jogo do tigrinho’, que prometia lucros elevados para atrair vítimas”, explicou o delegado.
Os mandados contra Carol de Souza foram cumpridos em São José dos Campos (SP), e ela teve R$ 7,7 milhões em bens bloqueados. Já Tawane Alexandra, investigada em Luziânia (GO), teve R$ 800 mil bloqueados.
Crimes e punições
A Polícia Civil segue apurando a extensão dos prejuízos causados e busca identificar outros envolvidos no esquema. Os crimes investigados incluem estelionato, com pena de reclusão de 1 a 5 anos; exploração de jogos de azar, punida com detenção de 3 meses a 1 ano ou multa; e lavagem de dinheiro, com penas que variam de 3 a 10 anos de prisão.
As defesas das influenciadoras negaram as acusações e afirmaram que irão colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos. As investigações continuam.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais