Interventor pretende usar recursos para pagar dívidas e garantir funcionamento de unidades de saúde, enquanto pacientes continuam à espera de UTI.
A grave crise na saúde pública de Goiânia pode ganhar um alívio com a possível liberação de R$ 57,3 milhões bloqueados pela Justiça. O interventor na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Márcio de Paula Leite, e o prefeito eleito Sandro Mabel (União) afirmaram que buscam destravar os recursos para quitar dívidas com fornecedores e manter o funcionamento das unidades de saúde da capital.
Mabel destacou que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) autorizou o uso de uma comissão de conciliação para negociar os pagamentos pendentes. “Além de pagar os fornecedores, nosso objetivo é garantir que as unidades continuem operando”, afirmou o prefeito eleito.
Os recursos são destinados à Média e Alta Complexidade (MAC) e são fundamentais para aliviar os impactos da crise, que já resultou em mortes de pacientes à espera de leitos de UTI, segundo relatos de familiares.
Estratégias para conter a crise
Márcio de Paula, nomeado interventor no Diário Oficial do Estado, assumirá o cargo até 31 de dezembro e coordenará um grupo formado por representantes do Estado, da polícia e do Ministério Público de Goiás (MP-GO). A equipe dará continuidade às ações do gabinete de crise, implementado após atrasos nos pagamentos de empresas prestadoras de serviço, que agravaram a falta de leitos e outros problemas na saúde pública municipal.
O futuro secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Gaspar, também participou de reuniões para planejar medidas de contenção da crise. Apesar das dificuldades, Márcio demonstrou otimismo, afirmando que a atuação conjunta pode “amenizar” os problemas e evitar novas mortes.
Enquanto isso, pacientes e familiares seguem à espera de soluções concretas para uma das maiores crises da saúde na capital goiana.
Por: Redação
Foto: Ascom Fundahc