Investigação revela papel central de Braga Netto em ações ilegais, incluindo planejamento de golpe e coordenação de atividades clandestinas
A Polícia Federal argumentou, ao solicitar a prisão preventiva de Braga Netto neste sábado (14), que sua liberdade representa grave risco à ordem pública, com possibilidade de reincidência em atos ilícitos.
De acordo com as investigações, o ex-ministro de Jair Bolsonaro desempenhou papel crucial em uma série de crimes. Investigadores afirmam que Braga Netto foi “o cérebro por trás do golpe, mas sob o comando de Bolsonaro”. Entre as acusações, destacam-se:
- Coordenação de operações ilegais realizadas por militares das Forças Especiais, conhecidos como “boinas pretas”.
- Financiamento de ações ilícitas por meio de entrega de dinheiro em espécie, transportado em uma sacola de vinho.
- Tentativa de acesso a dados sigilosos relacionados ao acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
- Controle e alinhamento de versões entre investigados para obstruir a apuração.
- Planejamento de ações clandestinas para prender e executar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
A PF também concluiu que Braga Netto foi o arquiteto do plano golpista, utilizando sua posição de destaque para conferir respaldo e credibilidade às ações entre oficiais e comandantes militares.
Os investigadores destacaram que, embora as evidências apontem para a centralidade de Braga Netto na conspiração, é fundamental que a condução da apuração seja rigorosa e sem falhas, especialmente dada a gravidade e a repercussão internacional do caso.
Por: Redação via g1
Foto: ANSA/EPA