Professora é morta pelo ex-companheiro na frente do filho de 9 anos; caso expõe falhas no combate à violência doméstica
Um episódio de violência doméstica deixou em choque a cidade de Americano do Brasil, no oeste de Goiás, neste domingo (15). Geisa Pereira de Carvalho Santos, professora e mãe, foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-companheiro, que não aceitava o término do relacionamento. Após cometer o crime na frente do filho do casal, de apenas 9 anos, o homem tirou a própria vida.
Geisa foi até a casa que dividia com o ex-parceiro para buscar pertences pessoais, mas acabou sendo atacada durante uma discussão. A Polícia Militar foi acionada por vizinhos, mas, ao chegar, encontrou a vítima sem vida. O corpo do agressor foi localizado nas proximidades, sugerindo que ele tenha cometido suicídio logo após o ataque.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Mário Moraes, o homem já havia ameaçado Geisa repetidas vezes, demonstrando comportamento violento desde o término da relação. A polícia agora busca esclarecer os detalhes do crime, que configura um caso de feminicídio seguido de suicídio.
O filho do casal, que presenciou o ataque, foi imediatamente acolhido pelo Conselho Tutelar. O menor deverá receber suporte psicológico e assistência social para lidar com o trauma profundo gerado pelo episódio.
Geisa era uma professora reconhecida em sua comunidade e integrava a Rede de Educação de Itaberaí, onde colegas e alunos lamentaram profundamente sua morte. “Perdemos uma pessoa especial, vítima de uma violência absurda que não pode ser ignorada”, declarou um colega de trabalho.
O caso levanta novamente o debate sobre a eficácia das políticas públicas de combate à violência contra a mulher. Mesmo diante de ameaças anteriores, Geisa não teve sua segurança garantida.
Situações de violência doméstica podem ser denunciadas pelo Disque 180, serviço gratuito e confidencial que oferece orientação e suporte a mulheres em risco. Além disso, a criação de redes de apoio é essencial para prevenir tragédias como esta.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais