Roque Saldanha permanecerá detido após audiência de custódia realizada neste sábado (21/12); radialista já havia sido alvo da Operação Lesa Pátria
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva do radialista Roque Saldanha, detido na última sexta-feira (20/12) em Colatina (ES) por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A audiência de custódia foi conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro na manhã deste sábado (21/12).
Acusações e descumprimentos
Saldanha foi preso após violar 57 vezes as medidas cautelares impostas pelo STF. Entre as infrações estão o não carregamento da tornozeleira eletrônica, a ultrapassagem do perímetro determinado e declarações públicas de afronta à Justiça. As violações foram registradas pelo Núcleo Geral de Monitoramento de Minas Gerais.
Em um dos episódios mais polêmicos, Saldanha gravou um vídeo segurando a tornozeleira eletrônica que deveria estar utilizando e fazendo ataques ao ministro Moraes, chamando-o de “vagabundo” e “safado”. Ele ainda se autointitulou membro da “bancada da bala” e questionou a legitimidade das decisões judiciais contra ele.
Histórico de conflitos
O radialista já havia sido preso em janeiro deste ano durante a Operação Lesa Pátria, por incentivar atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes. Na ocasião, ficou detido por 10 dias. Em sua defesa, Saldanha afirmou que não esteve presente em Brasília durante os ataques de 8 de janeiro.
Decisão judicial
A prisão preventiva foi decretada no fim de novembro, após o vídeo com os ataques a Moraes viralizar. Segundo o STF, a reincidência e o tom agressivo de suas declarações reforçam a necessidade de mantê-lo detido para preservar a ordem pública e garantir o cumprimento das medidas legais.
Saldanha segue preso e à disposição da Justiça, enquanto o caso avança no STF, onde o ministro Moraes é o relator. A decisão foi recebida com críticas por apoiadores do radialista, mas considerada essencial por juristas que acompanham o processo.
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução/Redes Sociais