Ministro do STF aponta ‘nulidade insanável’ em justificativas da Câmara; liberação parcial das emendas gera polêmica.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou a liberação parcial das emendas parlamentares nesta sexta-feira (29), mas não poupou críticas ao que chamou de “ápice da balbúrdia” no Orçamento Geral da União. A decisão ocorre em meio a questionamentos sobre a organização financeira do Congresso e a alocação de recursos para projetos de interesse de deputados e senadores.
Dino destacou irregularidades graves no planejamento orçamentário, reforçando a existência de uma “nulidade insanável” nas explicações fornecidas pela Câmara dos Deputados sobre determinadas emendas. Segundo o ministro, a falta de clareza compromete a credibilidade do processo.
A liberação parcial das emendas foi interpretada como uma tentativa de aliviar as tensões no Congresso. Entretanto, críticos afirmam que o movimento pode ter efeito contrário, fomentando ainda mais embates entre os Poderes e fragilizando o governo federal em um momento crucial para negociações de pautas estratégicas.
A polêmica reacende o debate sobre a necessidade de maior transparência e responsabilidade fiscal na administração dos recursos públicos. Dino reforçou a importância de reformular os processos orçamentários, sugerindo uma reforma ampla para evitar novos impasses.
Por:Tatiane Braz
Foto: Andressa Anholete/SCO/STF