Líder governou de 1977 a 1981 e dedicou sua vida à promoção da paz, democracia e direitos humanos
Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos e ganhador do prêmio Nobel da Paz, faleceu neste domingo (29) aos 100 anos, em sua casa em Plains, Geórgia. Carter foi presidente entre 1977 e 1981, pelo Partido Democrata, e é lembrado por seu papel como mediador no histórico acordo de paz entre Egito e Israel.
Carter recebeu o Nobel da Paz em 2002, reconhecido por seus esforços em solucionar conflitos globais e defender os direitos humanos. Segundo o Comitê Nobel, ele já merecia o prêmio em 1978, pela atuação decisiva nos Acordos de Camp David, que selaram a paz entre Egito e Israel.
Trajetória política e legado
Nascido em 1924 na Geórgia, Jimmy Carter começou sua carreira como oficial da Marinha dos EUA. Em 1953, deixou a vida militar para cuidar da fazenda da família e iniciou sua jornada política. Ele foi eleito governador da Geórgia antes de alcançar a presidência em 1976, vencendo como um outsider político que prometia restaurar a confiança do público no governo após o escândalo Watergate.
Durante seu mandato, Carter enfrentou desafios significativos, incluindo a crise de reféns no Irã e tensões com a União Soviética, que marcaram uma nova fase da Guerra Fria. Após deixar a Casa Branca, em 1981, dedicou-se ao ativismo global, fundando o Carter Center, uma organização que promove a paz, monitora eleições e combate doenças ao redor do mundo.
Últimos dias
Carter passou quase dois anos sob cuidados paliativos em sua residência, cercado por familiares. Sua morte foi confirmada por fontes próximas da família, incluindo seu filho, Chip Carter, segundo informações do The Washington Post e Atlanta Journal-Constitution.
Jimmy Carter deixa um legado de liderança ética e compromisso com causas humanitárias que transcenderam seu período na presidência, consolidando-o como uma das figuras mais respeitadas da política global.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Amr Abdallah Dalsh/Reuters
*Com informações da AFP