Valor atende exigência constitucional para o setor, após análise criteriosa do STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou nesta terça-feira (31/12) a liberação de parte das emendas parlamentares. A medida atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e destina recursos exclusivamente para assegurar o cumprimento do piso constitucional de gastos com saúde, estipulado em R$ 370 milhões.
Em sua decisão, Dino destacou a importância do direito fundamental à saúde e justificou a flexibilização no processo legislativo orçamentário para viabilizar o cumprimento do piso. “A relevância do direito fundamental à saúde – e do cumprimento do piso constitucional de gastos – justifica, no presente caso, a adoção de medidas de adaptação do processo legislativo orçamentário”, afirmou o ministro.
Solicitação e análise da AGU
Inicialmente, o pedido da AGU foi rejeitado na segunda-feira, quando Dino exigiu comprovação da necessidade dos valores e esclarecimentos sobre a origem dos recursos, sejam da Câmara ou do Senado. Após a apresentação das informações solicitadas, o ministro considerou o montante imprescindível e deferiu a liberação.
O advogado-geral da União substituto, Flávio José Roman, enfatizou a urgência: “Fica comprovado ser imprescindível o empenho de novos valores para o cumprimento do piso constitucional em saúde.”
Contexto e repercussões
A decisão acontece em meio a debates acirrados sobre a alocação de recursos públicos, com o STF desempenhando um papel central para equilibrar as demandas do Executivo e do Legislativo. Especialistas avaliam que a medida reflete a prioridade dada ao setor de saúde em um momento de pressão orçamentária e de ajustes fiscais no país.
Essa decisão também reacende a discussão sobre o impacto das emendas parlamentares no orçamento público e o papel do Supremo como mediador em questões financeiras entre os poderes.
Por:Redação
Foto: Andressa Anholete/SCO/STF