Tanque de caminhão com ácido sulfúrico apresenta fissuras; análises ambientais seguem sem alterações críticas
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou nesta segunda-feira (6) o vazamento de ácido sulfúrico no Rio Tocantins. O incidente ocorreu após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins. Um dos caminhões envolvidos no acidente, pertencente à empresa Pira-Química, transportava 23 mil litros do produto químico e apresentou duas fissuras em seu tanque.
A descoberta foi feita por mergulhadores na última sexta-feira (3), após suspeitas levantadas por equipes da Marinha do Brasil que participam das operações de busca e resgate. Apesar do vazamento, o Ibama informou que as análises da qualidade da água realizadas até agora mostram parâmetros dentro da normalidade para águas doces. O órgão ressaltou que não foram identificados impactos significativos à fauna local.
O monitoramento contínuo da água é conduzido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão. As ações de emergência incluem técnicos do Centro Nacional de Emergências Ambientais e servidores das superintendências do Ibama nos estados afetados.
Outros Produtos Perigosos
Além do veículo da Pira-Química, dois outros caminhões também transportavam cargas perigosas e afundaram no rio durante o desabamento. Um dos veículos, da empresa Videira, carregava 40 mil litros de ácido sulfúrico, mas o tanque foi avaliado como intacto. Já o terceiro caminhão, da Suminoto, transportava bombonas com agrotóxicos, e o trabalho de sondagem dessa carga deve ocorrer ainda hoje.
As empresas responsáveis foram notificadas a apresentar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) para retirada segura dos veículos e das substâncias químicas.
Desabamento da Ponte
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou no dia 22 de dezembro de 2024, interrompendo a ligação pela BR-226 entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Desde então, o tráfego está sendo realizado por rotas alternativas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a implantação de balsas para travessia temporária, sem custo para os usuários, até que a ponte seja reconstruída. As buscas continuam para localizar três pessoas que permanecem desaparecidas.
Por: Redação
Foto: Reprodução/ Carlos Brandão/X