Investigações revelam contratação de transportes, mensagens golpistas e materiais para ações violentas
A dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro, a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) continuam a reunir provas contra os responsáveis pelo financiamento e planejamento das ações que resultaram na depredação de prédios públicos em Brasília.
Aparecida Solange Zanini, uma das investigadas, contratou um ônibus com 29 passageiros para participar das manifestações. Em mensagens, ela incentivou atos violentos, enquanto a vistoria da Polícia Rodoviária Federal encontrou coletes balísticos e máscaras de gás no veículo. Apesar de alegar participação pacífica, as evidências apontam o contrário.
Outro destaque é o radialista Milton de Oliveira Júnior, que admitiu financiar a ida de manifestantes, com transferências de até R$ 6 mil. Ele afirmou publicamente sua intenção e, posteriormente, condenou os atos de vandalismo.
Além disso, bloqueios em rodovias, como na BR-470 e BR-101 em Santa Catarina, também são investigados. Os protestos, que incluíram pedidos de intervenção militar, reforçam a narrativa de que havia um planejamento coordenado para ações violentas.
As investigações seguem avançando, consolidando elementos para responsabilizar os envolvidos nos atos antidemocráticos de 2023.
Por:Tatiane Braz
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil