Miguel Brandão, de 13 anos, teve o corpo necrosado por bactéria enquanto aguardava diagnóstico; pais denunciam falhas no atendimento
A morte de Miguel Fernandes Brandão, de apenas 13 anos, após sofrer com uma grave infecção bacteriana que causou necrose em seu corpo, gerou comoção e levantou graves questionamentos sobre o atendimento prestado pelo Hospital Brasília, no Distrito Federal. Os pais do adolescente, Genilva e Fábio Brandão, acusam o hospital de negligência médica.
Miguel deu entrada no hospital em 17 de outubro de 2024 apresentando sintomas como febre, dificuldades respiratórias, dores no corpo e irritação na pele. Após um exame negativo para Influenza, ele foi liberado, mas retornou no dia seguinte devido à piora dos sintomas, incluindo vômitos. Mesmo com sinais preocupantes, os médicos inicialmente classificaram o caso como “quadro viral”.
A condição do adolescente se agravou rapidamente, levando-o à UTI após um choque séptico. Somente nesse momento foi constatada uma infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes, conhecida por causar falência de órgãos e necrose. Miguel permaneceu internado por 26 dias antes de falecer em novembro de 2024.
Os pais afirmam que o hospital demorou a realizar exames mais aprofundados, o que poderia ter evitado o desfecho fatal. Além disso, Genilva revelou ter sido tratada de forma desrespeitosa, sendo rotulada como “ansiosa” no prontuário médico do filho.
“Perder nosso único filho foi um golpe devastador, e a dor é ainda maior por saber que sua morte poderia ter sido evitada com um atendimento adequado. Agora, lutamos para que outras famílias não passem por isso,” declarou a mãe.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está conduzindo uma investigação para apurar possíveis responsabilidades do hospital.
Por: Redação
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