Entrada de investidores estrangeiros e expectativa sobre juros influenciam na queda da moeda americana
O dólar encerrou em queda pela sétima sessão consecutiva nesta terça-feira (28/1), recuando 0,73% frente ao real e sendo cotado a R$ 5,86. Esse é o menor patamar da moeda americana desde novembro, apesar de sua valorização em relação às principais divisas globais.
Especialistas apontam que o movimento de baixa se deve ao aumento da entrada de capital estrangeiro no Brasil. Esse fluxo maior de dólares no mercado nacional contribui para a desvalorização da moeda americana frente ao real.
Fatores que impulsionam a queda
Além do ingresso de investimentos externos, outro fator que influencia o mercado cambial é a postura do governo dos Estados Unidos. O chamado “efeito Donald Trump” – caracterizado pela ausência de medidas drásticas em tarifas de importação – tem reduzido a volatilidade no mercado de câmbio.
Com esse cenário, o dólar acumula uma queda de 0,83% na semana e já recua 5,03% em janeiro.
Bolsa fecha em baixa antes de decisão do Copom
Enquanto o dólar recuava, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caiu 0,62%, fechando aos 124.085 pontos. Analistas explicam que, embora o fluxo de capital estrangeiro esteja aumentando, os investidores estão priorizando ativos de renda fixa em vez de ações. A alta dos juros no Brasil torna esses investimentos mais atraentes.
O mercado agora volta suas atenções para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada nesta quarta-feira (29/1). A expectativa é de que a taxa Selic seja elevada em um ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano, o que pode impactar o câmbio e o mercado financeiro nos próximos dias.
Por: Manoel Messias
Foto: Reuters