Enfermeiro, médico e dois policiais penais foram afastados; uma detenta está grávida
A Polícia Penal investiga o envolvimento de servidores da Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia em relações sexuais com detentas dentro do posto de saúde da unidade. Entre os suspeitos, estão um enfermeiro, um médico e dois policiais penais, todos afastados.
Uma das presas relatou estar grávida e afirmou que o pai do bebê é o enfermeiro, com quem se encontrava no local. Outra detenta contou que manteve relações com ele em pelo menos três ocasiões.
O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) informou que apura possíveis irregularidades éticas. A Prefeitura de Aparecida de Goiânia confirmou o rompimento dos contratos do enfermeiro e do médico investigado.
NOTA DA POLÍCIA CIVIL
A Polícia Penal de Goiás informa:
No dia 7 de janeiro de 2025 chegou ao conhecimento da 1ª Coordenação Regional da Polícia Penal uma situação em que, supostamente, servidores da saúde do município de Aparecida de Goiânia, e servidores lotados na Casa de Prisão Provisória, estariam mantendo relações libidinosas com presas privadas de liberdade no Posto de Saúde daquele estabelecimento penal.
Na mesma data, a Gerência de Segurança e Monitoramento, em conjunto com a 1ª Coordenação Regional da Polícia Penal, realizaram oitivas iniciais das presas, servidores da saúde e servidores da DGPP. Na oportunidade, houve a transferência inicial da presa para outra unidade prisional, resguardando sua integridade, bem como mudando imediatamente a lotação dos servidores.
A Diretoria-Geral de Polícia Penal determinou a imediata instauração de sindicância preliminar pela Corregedoria Setorial, o que foi feito já no dia 08/01/2025.
Com o andamento das apurações, constatou-se elementos ainda mais robustos de que as práticas irregulares e ilícitas podem, de fato, terem sido praticadas por profissionais da saúde de Aparecida, que prestavam serviços na CPP, em virtude do convênio da DGPP com aquele município, bem como por dois servidores da Polícia Penal. As apurações elevaram a necessidade de ações mais enérgicas para a garantia do correto processo administrativo de apuração, bem como para preservar elementos de prova que possam evidenciar as irregularidades já anunciadas ou outras que poderão ser verificadas
Porr : Manoel Messias
Foto: Reprodução