Um dos principais nomes do Cinema Novo deixa um legado de grandes filmes
Na madrugada desta sexta-feira (14), o cinema brasileiro perdeu um de seus maiores expoentes: o cineasta Cacá Diegues faleceu aos 84 anos devido a complicações pós-cirúrgicas. Nascido em Maceió, no dia 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues foi um dos pilares do movimento Cinema Novo, ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade.
Uma trajetória de sucesso no cinema nacional
Ao longo de sua carreira, Cacá Diegues dirigiu mais de 20 longas-metragens e ajudou a popularizar o cinema brasileiro. Nos anos 1970, seu filme “Xica da Silva” se tornou um dos mais emblemáticos da cinematografia nacional. Na década seguinte, “Bye Bye Brasil” conquistou projeção internacional e é, até hoje, um dos filmes brasileiros mais reconhecidos no mundo.
O cineasta foi homenageado em 2012 no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, consolidando sua contribuição inestimável para a cultura nacional.
Vida pessoal e legado
Cacá Diegues teve três filhos. Do casamento com a cantora Nara Leão, nasceram Isabel e Francisco Diegues. Em 1981, casou-se com Renata Almeida Magalhães, com quem teve Flora Diegues, falecida em 2019 vítima de câncer. O cineasta deixa três netos.
Imortal da Academia Brasileira de Letras
Em 2018, Cacá foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, assumindo a cadeira 7, anteriormente ocupada por Nelson Pereira dos Santos. Em seu discurso de posse, em abril de 2019, expressou sua gratidão e emoção por ocupar o mesmo posto que seu amigo e colega de profissão.
O legado de Cacá Diegues permanecerá vivo através de sua obra, que influenciou gerações de cineastas e enriqueceu o cinema brasileiro com histórias marcantes e autênticas.
Por: Lucas Reis
Foto: Leo Martins/Agência O Globo