O Trump Media & Technology Group, do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de compartilhamento de vídeos Rumble entraram com uma nova ação judicial em um tribunal americano contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação foi divulgada pelas empresas em comunicado neste domingo (23).
A iniciativa ocorre após Moraes determinar, na sexta-feira, a suspensão da plataforma no Brasil até que ela cumpra decisões judiciais brasileiras. As empresas alegam que o ministro praticou “censura ilegal” e, por isso, recorreram ao Tribunal Distrital dos EUA, em Tampa, na Flórida, para contestar suas determinações.
Disputa judicial
O processo movido por Rumble e Trump Media argumenta que as decisões de Moraes “violam a soberania americana, a Constituição dos EUA e as leis do país”. Segundo o comunicado, o ministro teria ameaçado o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, com acusações criminais caso a plataforma não cumprisse as exigências do STF.
Moraes determinou que a Rumble nomeie um representante legal no Brasil, conforme exige a legislação local para empresas estrangeiras que operam no país. Além disso, impôs o pagamento de multas pendentes e o bloqueio da conta do influenciador Allan dos Santos, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, além da suspensão da monetização de seu perfil na plataforma.
Conflito com redes sociais
O ministro Alexandre de Moraes tem liderado investigações sobre desinformação e discurso de ódio nas redes sociais, especialmente durante e após o governo Bolsonaro. Sua postura tem gerado reações de críticos, incluindo o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), que também confrontou decisões do STF em casos semelhantes.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se manifestou sobre a nova ação nos Estados Unidos.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/STF