Incidentes na região da Feira da Marreta geram danos materiais; Polícia Militar não recebeu registros oficiais
Motoristas em Goiânia têm relatado episódios preocupantes na área da Feira da Marreta, no Setor Negrão de Lima. De acordo com relatos, alguns condutores foram atacados com pedras por moradores de rua após recusarem dar dinheiro. Os incidentes causaram quebra de vidros e prejuízos financeiros, embora não haja relatos de feridos. A Polícia Militar informou que, até o momento, não foram registradas ocorrências formais relacionadas a esses casos.
Um jornalista, que preferiu manter o anonimato, relatou ter sido atacado enquanto voltava para casa após uma sessão de terapia. O incidente ocorreu por volta das 20h, quando ele parou em um semáforo na Rua 217.
“Um morador de rua se aproximou e pediu dinheiro. Fiz sinal de que não tinha e, em poucos segundos, ouvi um forte impacto. Uma motorista perguntou se eu estava bem, e então percebi que o vidro traseiro havia sido destruído”, contou.
Com receio de sofrer outro ataque, o jornalista só avaliou os danos ao chegar em casa. “O seguro não cobre o estrago, e terei que arcar com todos os custos. Se alguém estivesse no banco de trás, poderia ter se machucado”, desabafou.
Outro relato veio de uma motorista que, enquanto buscava seus filhos, também teve o carro atingido por uma pedra. “A pedra poderia ter machucado meus filhos. É desesperador”, disse ela.
A Polícia Militar informou que realiza patrulhamento constante na região Leste de Goiânia e reforçou a necessidade de que as vítimas registrem boletins de ocorrência para que ações mais efetivas possam ser adotadas. Em caso de emergência, a corporação orienta acionar o número 190 ou o WhatsApp pelo telefone (62) 99611-3622.
A Prefeitura de Goiânia também se pronunciou, destacando que as equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social atuam para encaminhar pessoas em situação de rua a serviços de acolhimento. A gestão reforçou parcerias com instituições do terceiro setor e o programa “Consultório na Rua”, que oferece apoio em saúde a essa população vulnerável.
Por: Lucas Reis
Foto: Divulgação