Medida reduzirá arrecadação em R$ 27 bilhões anuais, segundo Haddad
O governo federal prevê que a ampliação da isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil mensais custará R$ 27 bilhões por ano aos cofres públicos. O valor atualizado foi divulgado nesta segunda-feira (17) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, representando uma redução de R$ 5 bilhões em relação à projeção inicial.
De acordo com Haddad, o impacto fiscal revisado ocorreu devido à atualização do salário mínimo, que influenciou os cálculos do orçamento de 2025. Caso aprovado pelo Congresso, o novo teto de isenção só começará a valer em 2026.
A proposta será apresentada oficialmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (18), em reunião com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta. Dependendo da agenda presidencial, o anúncio pode ser adiado para quarta-feira (19), já que Lula tem compromissos previstos em Sorocaba (SP).
Mudanças na proposta
O novo texto da reforma do IR traz duas modificações em relação à versão inicial:
- As deduções do imposto serão mantidas, garantindo que pessoas com doenças graves que recebem mais de R$ 20 mil por mês continuem isentas.
- O Imposto de Renda para empresas (IRPJ) foi incluído na proposta, mas os detalhes sobre eventuais mudanças ainda não foram divulgados.
Atualmente, estão isentos do IRPF aqueles que recebem até R$ 2.824 por mês, o equivalente a menos de dois salários mínimos. Com o novo limite de R$ 5 mil, cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros ficarão isentos do tributo.
Por: Lucas Reis
Foto: Getty Images via BBC