Uma mulher foi presa em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, enquanto outra entrou para a lista de procurados da Interpol. Ambas são suspeitas de realizar procedimentos estéticos ilegais em duas clínicas e utilizar certificados falsos, segundo a Polícia Civil. Entre os casos investigados, está o de um homem que ficou impotente após um preenchimento íntimo.
A investigação teve início no final de 2023, após uma paciente ser internada na UTI depois de passar por um procedimento com Maria Silvânia, de 45 anos, proprietária de uma das clínicas. Maria foi presa na última quinta-feira (20) e sua clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária devido a diversas irregularidades.
Durante o depoimento, Maria Silvânia afirmou ter cursado biomedicina on-line e uma pós-graduação com Luana Nadejda Jaime, também de 45 anos, que agora é considerada foragida. No entanto, a polícia constatou que Maria não possuía registro no Conselho de Biomedicina. A investigação também revelou que Luana, que se apresentava como enfermeira, mantinha uma clínica de estética e realizava procedimentos sem qualificação.
Em buscas na clínica de Luana, a polícia apreendeu celulares contendo imagens de preenchimentos íntimos e várias reclamações de pacientes. No mesmo ano, Maria apresentou um diploma de enfermagem com inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, obtido em menos de um ano. As autoridades identificaram a falsificação dos diplomas e o registro irregular no conselho.
O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) confirmou que nenhuma das mulheres possuía registro profissional e destacou que cabe às autoridades a devida apuração e cumprimento da justiça.
No final de 2024, um homem que sofreu complicações após um preenchimento no órgão genital realizado na clínica de Luana denunciou o caso à polícia. As investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas e coautores do esquema.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/PCGO