Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Reprodução
Entregadores de serviços de delivery marcaram uma grande paralisação para esta segunda (31) e terça (01/04) em diversos locais do país. Organizado pela ANEA (Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos), o movimento alega precarização de trabalho. Ainda mais, também pede aumento da remuneração dos entregadores pelo iFood, Uber Flash e 99 Entrega.
De acordo com Junior Freitas, que é um dos organizadores do “Breque dos apps” na cidade de São Paulo (SP), a principal reivindicação é pelo “aumento justo” do valor das taxas pagas aos entregadores. “Somos precarizados há muito tempo e sabemos que é a remuneração que dita o quanto tempo precisamos trabalhar e ficar na rua se arriscando”, explicou em entrevista ao Uol.
Entre alguns pedidos, o principal se dá pelo valor da entrega. Há um consenso entre os entregadores que a remuneração deveria saltar de R$ 6,50 para R$ 10. O último ajuste aconteceu em 2022. Ainda mais, os organizadores pedem o aumento no preço por quilômetro rodado, entregas limitadas a 3 km para entregadores que usam bicicletas e fim das entregas agrupadas, com o trabalho sendo pago individualmente.
Colocado como “o maior breque dos apps da história do Brasil”, a greve já atinge 59 cidades e prevê atos nas ruas das principais capitais. Além de Goiânia, confira os outros municípios atingidos pelo movimento: São Paulo; Maceió; Manaus; Belém; Salvador; Fortaleza; Distrito Federal; Belo Horizonte; João Pessoa; Natal; Porto Alegre; Recife; Rio de Janeiro; Florianópolis; Curitiba; Porto Velho; Cuiabá e São Luís.
Ainda segundo a Anea, as reivindicações são fundamentais para evitar uma exploração das plataformas sobre a categoria. De acordo com os entregadores, os ganhos não são compatíveis com o custo de vida.