Criminosos de Maracanaú, no Ceará, foram presos após se passarem por autoridade policial e exigirem pagamento via Pix
Uma mulher foi vítima de um golpe dentro da própria Central de Flagrantes (CGF) em Goiânia, ao transferir R$ 4,5 mil para um golpista que se passou por delegado da Polícia Civil. O caso, ocorrido na última sexta-feira (18), está sendo investigado pela corporação, que já prendeu três suspeitos em Fortaleza, no Ceará.
Segundo a polícia, o marido da mulher havia sido detido em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Enquanto ela aguardava na CGF, um recepcionista da unidade recebeu uma ligação de um suposto advogado, que pediu para entrar em contato com a família do preso. Em seguida, o homem que se identificou como advogado se passou pelo delegado responsável pelo caso e orientou a esposa do detido a realizar um depósito via Pix para quitar a suposta fiança.
Convencida de que o pagamento era legítimo, a mulher transferiu R$ 4,5 mil para a chave fornecida pelo criminoso. Pouco tempo depois, ela percebeu o golpe e notificou a equipe de plantão da delegacia. A investigação revelou que os golpistas operavam a partir de Maracanaú, no Ceará, e que o titular da conta bancária utilizada no golpe é um dos envolvidos detidos.
Os três suspeitos foram encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil em Fortaleza. Eles devem responder por estelionato eletrônico e uso de identidade falsa. Imagens do comprovante de transferência e das conversas pelo aplicativo de mensagens utilizado pelos criminosos foram divulgadas pelas autoridades como parte da apuração.
Até o momento, a Polícia Civil de Goiás não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Também não foram divulgadas informações sobre a identidade dos presos ou se há outros envolvidos.
O episódio serve de alerta para a necessidade de verificar com rigor a identidade de qualquer pessoa que solicite transferências financeiras, especialmente em situações de urgência. Golpes como esse têm se tornado cada vez mais sofisticados, inclusive em ambientes oficiais como delegacias.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/PCGO