Produto segue proibido de ser comercializado devido a relatos de reações adversas entre consumidores
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) restabeleceu nesta quarta-feira (30) a interdição do creme dental Colgate Total Clean Mint, após a própria fabricante retirar o recurso que contestava a medida. Com isso, continua válida a suspensão da venda e do uso do produto, conforme determinação inicial de 27 de março.
A interdição foi motivada por relatos de consumidores que afirmaram ter apresentado reações indesejadas, como “inchaço nos lábios”, após o uso da pasta. A substância fluoreto de estanho — conhecida por suas propriedades antimicrobianas e anticárie — é apontada como possível responsável pelos efeitos adversos em alguns usuários, informou a agência reguladora.
Embora não haja ordem de recolhimento do produto, a orientação é que o item não permaneça disponível para compra nos pontos de venda. A Anvisa também emitiu um alerta orientando consumidores a suspender o uso ao primeiro sinal de irritação e buscar atendimento médico em caso de sintomas persistentes.
Entre as reações listadas estão:
– Lesões na boca
– Dor e sensação de queimação
– Inflamação nas gengivas
– Inchaço nos lábios
A Colgate Brasil, em nota anterior publicada nas redes sociais, destacou seu compromisso com a qualidade e segurança de seus produtos e orientou os consumidores a procurarem o canal oficial de atendimento caso apresentem problemas: “Entendemos e reconhecemos que esses casos podem ser um desconforto e nos colocamos à disposição para tratar cada um deles por meio do www.colgatepalmolive.com.br/contact-us“.
A empresa afirmou que a retirada do recurso ocorreu “em alinhamento com a Anvisa, visando o avanço das análises técnicas”. No comunicado, reforçou que o Colgate Total Clean Mint “segue os rígidos padrões das agências regulatórias”.
A agência recomenda que profissionais de saúde estejam atentos a eventuais alterações bucais em seus pacientes e orientem alternativas de tratamento quando necessário. Consumidores e profissionais também podem registrar notificações de eventos adversos no sistema e-Notivisa.
Por: Lucas Reis
Foto: Divulgação/Colgate