Físico britânico uniu fé e razão ao interpretar profecias bíblicas e projetar uma transformação global, não como fim catastrófico, mas como início de nova era
Isaac Newton, célebre por suas leis da física e da gravitação universal, também dedicou décadas de sua vida a estudos teológicos pouco conhecidos do grande público. Entre manuscritos preservados, há uma previsão curiosa e intrigante: o mundo, segundo ele, passaria por uma profunda transformação em 2060.
A projeção surgiu a partir de cálculos baseados no livro bíblico de Daniel. Para Newton, as escrituras continham códigos que, se interpretados com precisão matemática, poderiam revelar marcos decisivos na história da humanidade. Ele não falava de um apocalipse destrutivo, mas de uma transição espiritual e social, uma espécie de “renovação mundial”.
Essas ideias estão registradas em cartas e anotações atualmente preservadas em instituições como a Biblioteca Nacional de Israel. Em seus escritos, Newton descreve o futuro como um tempo de restauração e purificação da sociedade, impulsionado tanto por crises quanto por avanços da razão.
Além disso, o físico projetou que os grandes conflitos do futuro não ocorreriam apenas em campos de batalha tradicionais, mas também em territórios emergentes — como o ciberespaço. Ele previu que essas disputas poderiam alterar as estruturas de poder e transformar profundamente as relações humanas.
Newton acreditava que o uso da lógica e da matemática não se opunha à fé, mas poderia aprimorar a leitura das escrituras. Seu esforço em conciliar ciência e religião revela um pensamento amplo e visionário, que ultrapassa os limites da física e da matemática.
Mais do que um gênio científico, Newton foi também um pensador inquieto, interessado no destino da civilização. Suas reflexões continuam provocando debates sobre como ciência, espiritualidade e tecnologia podem se entrelaçar na construção do futuro.
Por: Lucas Reis
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