Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Divulgação/Polícia Civil
Uma criança de nove anos acreditava estar conversando com uma nova amiga virtual e a situação acabou virando um caso de polícia. Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, teria utilizado da situação para cometer crimes sexuais infantis, segundo a polícia. O caso aconteceu na cidade de Taquara, no Rio Grande do Sul. O suspeito está preso desde janeiro.
De acordo com a Polícia Civil, este não teria sido o único crime. Ao todo, foram identificada 180 possíveis vítimas de estupro, além de mais de 9 mil imagens relacionadas à exploração sexual infantil. Até o momento, a defesa do acusado não se pronunciou.
Entendendo o caso no Rio Grande do Sul
A situação começou com uma criança de nove anos, que trocava mensagens e fotos com Ramiro, mas achando que se tratava de outra criança da mesma idade. Contudo, o caso foi piorando, dando lugar a ameaças por parte do homem.
“A partir do momento que ela não quis mandar, começou a ser fortemente chantageada. Então, assim, uma pressão psicológica muito grande de que ia espalhar para os colegas do colégio, de que o pai e a mãe iam bater nela, que ela iria ficar de castigo“, disse um familiar à RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul.
Segundo a polícia, a suspeita é que Ramiro conversava com a criança. Para o delegado Valeriano Garcia Neto, o homem teria seguido um padrão: criaria laços, ganharia confiança e, então, pediria fotos. Após ter o conteúdo, aumentaria a exigência e até poderia acompanhar as vítimas por anos, exigindo até encontros presenciais.
A perícia afirma que encontrou 6.827 fotos e 2.237 vídeos nos dispositivos do suspeito. Os conteúdos estariam em mais de 750 pastas com conteúdo pornográfico infantil, cada uma com nome, apelido e perfil de rede social das vítimas.
Ainda mais, o agressor era responsável pelo aquário da casa da criança de 9 anos. Ou seja, tinha contato com todos da família “É uma pessoa conhecida na cidade, que é uma cidade relativamente pequena, e ele se relacionava com os pais das vítimas. Então era uma pessoa próxima e com vínculo em relação a essas vítimas”, explicou o delegado.