Estado se antecipa e reforça biossegurança no setor avícola diante de alerta nacional
A partir de decreto publicado neste sábado (17/5), o Governo de Goiás instaurou, novamente, situação de emergência zoossanitária em caráter preventivo para conter possíveis ameaças relacionadas à influenza aviária. A ação foi conduzida pela Agrodefesa, em sintonia com a Portaria nº 784/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou a emergência em nível nacional por mais 180 dias.
Mesmo sem confirmações da doença no estado, a medida busca garantir vigilância constante, agilidade nas respostas e maior controle sobre os plantéis comerciais e silvestres. O movimento também se justifica após o Ministério confirmar um foco do vírus em aves comerciais no Rio Grande do Sul.
“Essa é uma medida estratégica e necessária. Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, declarou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
O decreto viabiliza a mobilização imediata de suporte técnico, estrutura logística e recursos financeiros para proteção sanitária do rebanho avícola goiano. Com validade de seis meses, ele fortalece o papel de Goiás como um dos principais produtores de frango do país, sendo o 4º maior estado em produção e lar de dois dos maiores polos nacionais: Itaberaí e Rio Verde.
A produção avícola é vital para a economia estadual e emprega milhares de trabalhadores. Em todo o Brasil, o setor gerou cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango em 2024, consolidando o país como líder mundial em exportações.
A Agrodefesa pede apoio da população e do setor produtivo: “A Agrodefesa reforça que a população, produtores e demais elos da cadeia produtiva devem manter atenção redobrada às medidas de biosseguridade e comunicar imediatamente qualquer ocorrência suspeita de doença em aves por meio dos canais oficiais da Agência”, destacou o diretor de Defesa Agropecuária, Rafael Vieira.
Entre os objetivos do decreto estão o monitoramento contínuo, o reforço das práticas de biossegurança, a proteção à saúde humana e animal, e a preservação da estabilidade econômica do setor.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Agrodefesa