Nota conjunta critica falta de transparência e defende mudanças no processo eleitoral
Goiás, Atlético-GO e outros 18 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro anunciaram que não participarão da eleição presidencial da CBF, marcada para o próximo domingo (25), às 10h30, na sede da entidade no Rio de Janeiro.
A decisão foi formalizada em uma nota conjunta, como forma de protesto contra a condução do processo eleitoral, que conta com Samir Xaud como candidato único à sucessão de Ednaldo Rodrigues.
Clube defendem democracia e transparência
No comunicado, os clubes afirmam que o “futuro do futebol brasileiro precisa ser pautado pela democracia, transparência e representatividade”. Apesar da ausência na votação, o grupo se colocou aberto ao diálogo com a próxima gestão, sinalizando que, a partir da semana que vem, pretende “debater como mudar o processo eleitoral e outras demandas dos clubes em prol de um futebol cada vez melhor”.
Além de Goiás e Atlético-GO, assinam o manifesto: América-MG, Athletico-PR, Botafogo-SP, Chapecoense, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol, Novorizontino, Santos, São Paulo e Sport.
O Vila Nova, que havia integrado o grupo de nove clubes que cobraram mudanças no futebol brasileiro na semana passada, não assinou a nova nota e, segundo informações preliminares, deve enviar um representante à eleição — algo ainda não confirmado oficialmente pela diretoria colorada. Outros clubes que participaram do primeiro manifesto, como Atlético-MG, Bahia e Bragantino, também não endossaram a nota mais recente.
Samir Xaud é candidato único à presidência
Samir Xaud, atual presidente da Federação Roraimense de Futebol, é o único candidato apto à disputa após obter apoio de 25 federações estaduais e de dez clubes: Vasco, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Remo, Paysandu, Amazonas, CRB, Volta Redonda e Criciúma.
Uma candidatura alternativa, que vinha sendo articulada por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, contava com o apoio de 29 clubes, mas fracassou ao não conseguir o número mínimo de federações exigido pelo estatuto da CBF para o registro.
Por: Alex Alves
Foto: Divulgação/CBF