Presidente brasileiro reage a possível sanção dos EUA contra ministro do STF, defende eleições ao Senado para blindar a Corte e pede mais presença da esquerda nas redes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste domingo, 1º, o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o Departamento de Estado americano sugerir sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Lula classificou como “inadmissível” que os EUA interfiram nas decisões da Justiça brasileira.
A tensão entre os dois países aumentou após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmar que Moraes pode ser alvo de sanções, devido a decisões que afetaram plataformas digitais e aliados de Trump, como Elon Musk. O governo americano chegou a publicar, em português, que “nenhum inimigo da liberdade de expressão dos americanos será perdoado”.
Durante discurso no congresso nacional do PSB, Lula pediu que a esquerda se mobilize para as eleições ao Senado em 2026, quando dois terços das cadeiras estarão em disputa. Segundo ele, é fundamental fortalecer a base governista para proteger o STF de tentativas de impeachment contra seus ministros.
O presidente também convocou a militância a ocupar o espaço digital, onde, segundo ele, a extrema direita tem atuado com mais eficiência. “Precisamos fazer uma revolução nas redes e rebater os ataques”, afirmou Lula.
Por fim, Lula mencionou a necessidade de mais diálogo com o Congresso, em meio à crise do IOF, e reforçou que sua candidatura à reeleição em 2026 depende exclusivamente de sua saúde: “Preciso estar 100% como estou hoje”, concluiu.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil