Autoexílio de Eduardo nos EUA enfraquece sua influência política e abre espaço para ascensão de Nikolas nas redes e no PL
A ausência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) do cenário político nacional, em razão de seu autoexílio nos Estados Unidos, tem gerado desconforto entre antigos aliados. Parlamentares que antes eram impulsionados por ele agora se aproximam de Nikolas Ferreira (PL-MG), figura em ascensão no bolsonarismo digital.
Eduardo tenta manter relevância ao pressionar o governo dos EUA por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes (STF), mas sua ausência física tem sido um obstáculo. Parte da base bolsonarista passou a compartilhar conteúdos de Nikolas, relegando Eduardo ao esquecimento virtual.
No PL, cresce o sentimento de que Eduardo, fora do país, perdeu espaço na articulação política. Integrantes da sigla veem Nikolas como uma liderança emergente, mais presente e capaz de mobilizar a juventude conservadora.
A rivalidade se intensificou após o apoio de Nikolas ao influenciador Pablo Marçal nas eleições municipais, contrariando o apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes. Além disso, suas manifestações mais contundentes contra Lula também o colocaram em evidência.
Enquanto Eduardo planeja disputar o Senado por São Paulo, Nikolas ocupa os holofotes do bolsonarismo, dividindo opiniões e alianças dentro do próprio campo conservador.
Por: Genivaldo Coimbra
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