Investigação interna classificou o disparo como injustificado, mas agente foi absolvido; ele já havia matado outro cão em 2012
Uma investigação do Departamento de Polícia de Nova Orleans concluiu que o policial Burmaster agiu de forma injustificada ao atirar e matar o cachorro Apollo durante uma ocorrência, mas mesmo assim ele foi inocentado de irregularidades no uso da força.
O caso gerou comoção nos Estados Unidos. Durante depoimento, a dona de Apollo não conteve as lágrimas ao relembrar o momento em que perdeu o animal. “Era apenas um cachorrinho”, disse, emocionada.
Segundo o relatório da polícia, os disparos violaram as políticas internas do departamento e não havia ameaça iminente que justificasse a ação do agente.
Apesar das conclusões da investigação, Burmaster não foi punido. O caso se tornou ainda mais controverso porque, de acordo com documentos judiciais, ele já havia matado outro cachorro em 2012. Na época, o policial foi até uma residência para investigar uma queixa de danos materiais. No local, dois cães estavam no quintal. Ao ouvir que os animais assustavam uma das pessoas presentes, Burmaster sacou a arma e disparou duas vezes, matando um dos cães.
A reincidência e a absolvição no caso mais recente reacenderam o debate sobre o uso desproporcional da força por parte da polícia norte-americana, especialmente em situações envolvendo animais de estimação.
Por: Bruno José
Foto: Reprodução/New Orleans Police Department