Os shows são uma realização da 30e e têm ingressos disponíveis no site da Eventim a partir de hoje ao meio-dia
Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Wilmore/Divulgação
“O Planet Hemp vai acabar e precisava ser assim: com alto astral, entre amigos. Não é pra ficar de luto, vai ser uma comemoração de nossa história”. É dessa maneira que Marcelo D2, um dos fundadores do Planet Hemp, define a energia que os fãs podem esperar da turnê final do grupo, A Última Ponta. Com apresentações agendadas em Salvador, dia 13 de setembro, na Concha Acústica; em Recife, dia 20 de setembro, no Classic Hall; em Curitiba, dia 3 de outubro, na Live Curitiba; em Porto Alegre, dia 4 de outubro, na KTO Arena; em Florianópolis.
Já no dia 12 de outubro, no P12; em Goiânia, dia 17 de outubro, na Goiânia Arena; em Brasília, dia 18 de outubro, na Arena BRB; em Belo Horizonte, dia 31 de outubro, no BeFly Hall; no Rio de Janeiro, no dia 8 de novembro, na Farmasi Arena; e em São Paulo, no dia 15 de novembro, no Allianz Parque, a banda preparou um repertório extenso e inédito, além de contar com a participação especial de artistas que fizeram parte da trajetória do Planet. A Última Ponta é uma realização da 30e, maior companhia brasileira de entretenimento ao vivo, e a venda de ingressos nas 10 capitais começa a partir de meio-dia, no site da Eventim (acesse aqui), com exceção de Salvador, que terá entradas disponíveis via Sympla.
“Fizemos um belo trabalho nesses 30 anos de carreira, mas tudo tem um final. O Planet Hemp tem uma energia muito forte que não queremos que se apague”, diz Marcelo D2. “Já namoramos essa ideia há pelo menos dois anos, mas a parceria com a 30e foi crucial para podermos realizar esta turnê. Vamos aproveitar esses últimos momentos juntos, na estrada, como banda, e nos conectarmos mais uma vez com essa galera que está nos apoiando desde o início. É muito louco, nosso primeiro show foi para sete pessoas e agora vamos encerrar tudo no Allianz Parque”, complementa.
Foi uma camiseta com estampa da banda californiana Dead Kennedys que chamou a atenção de Skunk e o fez ter a primeira interação com Marcelo D2, que, na época, em 1992, vendia camisetas de bandas de rock e vinis usados no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. A construção dessa amizade e o interesse mútuo por música resultou na fundação do Planet Hemp que, antes mesmo de ter um álbum lançado, já se apresentava nas casas alternativas das capitais fluminense e paulista e começava a movimentar a cena underground. Em 1994, no entanto, a trajetória de Skunk foi interrompida de forma precoce: ele morreu aos 27 anos. O BNegão, que já acompanhava o grupo de perto, assumiu os vocais, consolidando a formação que se tornaria histórica. “O Planet tem essa coisa singular de ser uma banda underground que habita o mainstream de forma convicta, e isso vai ser levado às últimas consequências nessa tour”, afirma o músico.
Sobre o Planet Hemp
Atualmente, o Planet Hemp é formado por Marcelo D2 (vocal), BNegão (vocal), Formigão (baixo), Nobru (guitarra), Pedro Garcia (bateria) e Daniel Ganjaman (guitarra e teclados).
O grupo se destaca pela fusão inédita entre rap, rock’n roll, psicodelia, hardcore, e ragga, com elementos da música brasileira. Resultando em uma identidade sonora única, que não apenas influenciou o cenário musical e político do país, mas, sobretudo, surgiu como uma voz audaciosa na defesa da legalização da maconha, confrontando as estruturas conservadoras da sociedade brasileira.
Usuário (1995), o álbum de estreia, rapidamente se tornou um clássico, com letras diretas e beats pesados. Foi o cartão de visita do Planet Hemp, com sucessos como “Legalize Já”, um manifesto em defesa da descriminalização da maconha; “Dig Dig Dig (Hempa)”, uma crítica à guerra às drogas; e “Mantenha o Respeito”, um grito contra o autoritarismo policial.
Outras datas da turnê de despedida estão marcadas em Salvador, Recife, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Brasília e Belo Horizonte. Todas as informações dos shows nessas cidades, especificamente, podem ser conferidas no site oficial da banda (acesse aqui).