Corregedoria aponta pagamentos rápidos, sem provas e fora dos trâmites legais; investigações miram gestões anteriores da companhia
O Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Polícia Civil abriram uma investigação sobre um suposto esquema de acordos extrajudiciais milionários firmados dentro da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). As suspeitas surgiram após um levantamento interno da Corregedoria da empresa, que encontrou indícios de pagamentos fora do padrão legal e com indícios de irregularidade.
De acordo com o relatório, os acordos eram concluídos em prazos incomuns e sem provas suficientes para justificar os valores envolvidos. Além disso, muitos dos pagamentos tratavam de gratificações por desvio de função, mesmo em casos prescritos. A prática teria sido comum em gestões anteriores e burlava os procedimentos obrigatórios de auditoria e controle interno da companhia.
A investigação interna envolveu 32 funcionários, dos quais seis casos já foram concluídos e encaminhados ao MP e à Polícia Civil. O avanço das apurações agora está nas mãos das autoridades, que devem aprofundar a análise de documentos, identificar os responsáveis e verificar o montante total envolvido nos acordos suspeitos.
Outro ponto que chamou a atenção da Corregedoria é que a assessoria jurídica da Comurg não submetia os acordos ao crivo da auditoria, como exige a legislação. Isso teria permitido a formalização dos pagamentos de forma acelerada e sem garantias legais, o que pode configurar ato de improbidade administrativa.
As primeiras informações foram divulgadas pela TV Anhanguera. A expectativa é que, nos próximos dias, o Ministério Público e a Polícia Civil divulguem novas medidas sobre o caso, incluindo possíveis diligências e eventuais pedidos de responsabilização dos envolvidos.
Por: Redação
Foto: Secom