Operação Augusta investiga agentes públicos suspeitos de favorecer criminosos em troca de propina; ao menos três foram presos
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (25) a Operação Augusta, com o objetivo de desmontar um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas em São Paulo. Três mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão foram cumpridos na capital, região metropolitana e litoral paulista, com apoio do Gaeco, da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil.
Segundo as investigações, agentes públicos atuavam para beneficiar suspeitos de crimes mediante o pagamento de propina. O caso que motivou o início da operação envolvia a tentativa de restituição irregular de um helicóptero de luxo, avaliado em parte de um conjunto de bens bloqueados pela Justiça, estimados em cerca de R$ 12 milhões.
Entre os crimes investigados estão o repasse clandestino de informações protegidas por sigilo, o arquivamento irregular de procedimentos policiais, falsificação de documentos para restituição de bens e intermediação ilícita. Além do helicóptero, diversos carros de alto padrão também foram apreendidos.
A ação recebeu o nome de Operação Augusta em alusão à marca italiana da aeronave. Os suspeitos poderão responder por corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e exercício ilegal da advocacia administrativa. Os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados.
A Operação Augusta é um desdobramento da Operação Tacitus, que apura o elo de policiais com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Parte das informações surgiu após a investigação do assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, morto no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024. O inquérito segue sob sigilo.
Por: Redação
Foto: Divulgação/PF