Imagens de drone que mostram Juliana se mexendo após a queda levantaram dúvidas sobre a causa da morte apontada na Indonésia
O governo federal autorizou a realização de uma nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, de 23 anos, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O pedido foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e atendido pela Advocacia-Geral da União (AGU), que comunicou a decisão à 7ª Vara Federal de Niterói na noite desta segunda-feira (30).
Juliana será submetida a uma nova análise forense assim que seu corpo chegar ao Brasil, o que está previsto para esta terça-feira (1º). Segundo a AGU, os detalhes sobre o local e a equipe responsável pela nova autópsia serão definidos em reunião entre órgãos federais marcada para o mesmo dia.
A primeira autópsia foi realizada no Hospital Bali Mandara, na Indonésia. De acordo com o médico legista local, Juliana teria morrido poucos minutos após a queda, em razão de um grave traumatismo. No entanto, vídeos captados por drones de turistas mostram que ela ainda se movimentava após o acidente, o que gerou questionamentos por parte da família.
A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta não especifica o horário exato da morte. Por isso, os familiares esperam que a nova perícia possa esclarecer se Juliana resistiu por algum tempo e se poderia ter sido salva com atendimento adequado.
Juliana desapareceu no dia 20 de junho, durante uma trilha em grupo guiado. Ela foi localizada quatro dias depois, sem vida, a cerca de 300 metros abaixo da trilha principal. A jovem estava sem casaco, usava óculos com alto grau de miopia e foi reconhecida pela irmã através das imagens de drone.
Por: Lucas Reis
Foto: Reprodução/Redes Sociais