Fundação responsável pelas unidades alega atraso nos pagamentos da Prefeitura; cirurgias e exames estão entre os serviços afetados
A partir da próxima segunda-feira (7), três maternidades de Goiânia — Dona Íris, Célia Câmara e Nascer Cidadão — vão suspender parte dos atendimentos por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc), responsável pela gestão das unidades, e ocorre em razão do atraso no pagamento a fornecedores, segundo nota oficial.
Estarão mantidos apenas os atendimentos de urgência obstétrica via regulação municipal, os partos já agendados e os casos que já estão internados. Consultas, exames, cirurgias eletivas e atendimentos ambulatoriais serão interrompidos. A Maternidade Célia Câmara, em especial, ficará sem realizar partos devido à suspensão do serviço de anestesiologia, também motivada pela falta de repasses.
A Fundahc afirma que os repasses da Prefeitura não foram feitos corretamente neste mês de julho, comprometendo a continuidade dos serviços. Já a Secretaria Municipal de Saúde rebateu, dizendo que os valores deste mês serão pagos nos próximos dias e que mais de R$ 103 milhões já foram transferidos à Fundação ao longo de 2025.
O impasse gerou tensão entre a Prefeitura e a UFG, que administra a Fundahc. Uma reunião foi realizada na última terça-feira (1º), envolvendo o prefeito Sandro Mabel, o secretário de Saúde Luiz Pellizzer e a reitoria da Universidade, na tentativa de evitar o colapso nos atendimentos.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Saúde trabalha para redirecionar a demanda para outras unidades e minimizar os efeitos da suspensão. Ainda não há previsão de retomada completa dos atendimentos nas três maternidades.
Por: Genivaldo Coimbra
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