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Por: Redação/portalfalacanedo.com.br
Foto: Destaque/Câmara dos Deputados
Polêmica envolvendo presidente do União Brasil: Acusação de ameaças e incêndio nas casas de sucessor
O União Brasil tomou uma decisão drástica em sua reunião na tarde desta quarta-feira (13/3), aprovando um processo para expulsar o deputado federal Luciano Bivar (PE), atual presidente do partido. A Executiva Nacional da sigla acatou uma representação e concedeu a Bivar o prazo de 72 horas para apresentar sua defesa. O partido tem até 60 dias para deliberar sobre o caso.
A denúncia contra Luciano Bivar foi protocolada por parlamentares e governadores membros do partido, após uma crise envolvendo uma disputa pela presidência entre o atual líder do partido e Antonio Rueda. Na representação, os signatários pedem o afastamento provisório de Bivar e sua expulsão com desfiliação.
As acusações contra o presidente do União Brasil incluem alegações de ameaças contra Rueda, que acabou sendo eleito o novo líder do partido, e suspeitas de envolvimento em um incêndio que atingiu duas residências da família de Rueda, em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco.
Após a denúncia, a diretoria do partido se reuniu nesta quarta-feira para deliberar sobre o afastamento e expulsão de Bivar. A reunião foi presidida por Rueda e, com 17 votos favoráveis e 15 abstenções, o processo foi iniciado. “Determino de imediato a notificação do representado, Luciano Bivar, para que, no prazo de 72h, preste os esclarecimentos necessários”, anunciou o recém-eleito presidente da sigla.
Após a defesa de Bivar, a Executiva do partido irá avaliar as manifestações e decidir se afasta temporariamente o deputado da presidência. Caso seja afastado, Rueda assumirá interinamente a liderança do União até o fim do mandato de Bivar, que termina em 31 de maio.
A partir de junho, o mandato de Rueda começará oficialmente, após ser eleito presidente do União na convenção realizada pelo partido em 28 de fevereiro.
A troca de acusações entre os dois lados intensificou-se, com os Rueda acreditando que os incêndios foram um “atentado motivado por questões político-partidárias” e apontando Bivar como principal suspeito. “Desde 26 de fevereiro, uma série de ameaças têm sido perpetradas por parte do deputado Luciano Bivar contra Antonio Rueda. Esse cenário de disputa inicial se dá em um contexto de disputa partidária. E, num primeiro momento, há a gravação que mostra que o deputado Bivar ameaça diretamente Antonio Rueda e seus familiares”, afirmou o advogado de Rueda, Paulo Catta Preta.
Por sua vez, Bivar negou qualquer relação com os incêndios. “Tudo é ilação, é mais um factoide. O que tenho conhecimento é que eram duas casas antigas, que estavam com estruturas físicas comprometidas, e acho que caberia investigar se tinha seguro para esses danos e se houve incêndio”, disse, em evento no Palácio do Planalto.