Jorge Caiado denunciado pelo MP em participação no assassinato de Fábio Escobar

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Por: Tatiane Braz/portalfalacanedo.com.br

Foto: Destaque / Reprodução


O caso do assassinato de Fábio Escobar trouxeram à tona novas acusações contra Jorge Caiado, servidor da Assembleia Legislativa de Goiás.

O Ministério Público, em denúncia apresentada nesta terça-feira, alega que Jorge Caiado teria desempenhado um papel fundamental na trama que resultou na morte do ex-coordenador de campanha.

De acordo com a denúncia, Jorge Caiado teria utilizado seu prestígio na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás e sua proximidade com policiais militares para arquitetar o assassinato de Fábio Escobar.

O MP relata que, em uma série de eventos, Caiado e um associado, Carlos Toledo, procuraram apoio dentro dos órgãos de segurança para eliminar seu desafeto político.

Inicialmente, Jorge Caiado entrou em contato com o então comandante da ROTAM, Coronel Benito Franco Santos, pedindo intervenção para resolver supostas ameaças recebidas por “CACAI”, como era conhecido Fábio Escobar.

No entanto, a resposta do Coronel foi enigmática, sugerindo que Caiado poderia estar buscando algo mais do que simplesmente resolver uma questão: “Se o senhor veio aqui para contratar empreitada, o único produto que eu posso te oferecer é outro: quite sua dívida”.

Não satisfeito, Caiado e Toledo dirigiram-se ao gabinete do Coronel Castilho na Casa Militar da governadoria, onde discutiram as possíveis desavenças entre Toledo e Escobar, solicitando medidas para “conter o inimigo”.

Contudo, o Coronel Castilho recusou a proposta, deixando claro que seu papel era combater o crime, não participar de tramas políticas.

Essas revelações lançam luz sobre os bastidores sombrios da política em Goiás, onde interesses pessoais parecem ter se sobreposto à ética e à lei.

A acusação do Ministério Público deixa claro que, segundo a investigação, Jorge Caiado teria usado sua influência e conexões para tramar contra aqueles que representavam uma ameaça ao seu grupo político.

O salário de R$ 21 mil por mês, que ele recebe como servidor da Assembleia Legislativa, agora é parte de um contexto mais amplo de corrupção e abuso de poder que o MP busca esclarecer diante da sociedade goiana.

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