Por: Tatiane Braz
Foto: Divulgação
A família do desenhista informou que ele morreu em casa, em um apartamento no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, neste sábado à tarde
Ziraldo, criador de “O Menino Maluquinho”, morreu aos 91 anos em sua residência na Zona Sul do Rio de Janeiro, conforme anunciado por sua família neste sábado. Sua ausência deixa uma lacuna no coração de muitos brasileiros que cresceram encantados por suas histórias.
Mineiro de Caratinga, Ziraldo foi uma figura multifacetada, destacando-se como desenhista, jornalista, caricaturista e ativista político. Sua coragem e determinação foram evidentes durante os anos de ditadura militar no Brasil, quando foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, um bastião da resistência contra o regime autoritário.
Sua contribuição para a literatura infantil é incomparável, com personagens icônicos como o Menino Maluquinho e a Turma do Pererê, que encantaram gerações de leitores. Seus livros, como “Bichinho da Maçã” e “Flicts”, são tesouros da cultura brasileira.
Apesar da sua partida, o legado de Ziraldo continua vivo através de suas obras atemporais, que continuam a inspirar e educar crianças em todo o mundo. Seu impacto vai além das páginas dos livros, refletindo-se em adaptações para o cinema, teatro e televisão, bem como em programas educacionais como o “ABC do Ziraldo”, que promove a importância da leitura entre os jovens.
Embora tenha sido forçado a interromper sua produção artística após um AVC em 2018, Ziraldo permanece uma figura imortal na cultura brasileira. Seu legado perdurará através do Instituto Ziraldo e da exposição Mundo Zira, que celebram sua vida e obra, garantindo que seu espírito criativo continue a inspirar as futuras gerações.