Tio Paulo: caso deve ser resolvido em breve, diz polícia; saiba como estão as investigações

Por: Sidney Araujo

Foto Destaque: Reprodução

Deve ser concluído até semana que vem o caso do idoso que foi levado morto a um banco do Rio de Janeiro (RJ). As investigações do episódio vêm sendo desenvolvidas de uma forma bem rápida por conta dos holofotes da mídia. O caso, que aconteceu no dia 16 de abril, teve até repercussão internacional.

Havia uma chance da polícia ouvir novamente o motorista de aplicativo que transportou Paulo Roberto Braga e Erika Vieira Nunes – a mulher que levou Paulo Roberto Braga, de 68 anos-, mas os investigadores já estão satisfeitos com as atuais testemunhas e que novos depoimentos não serão necessários neste momento.

Existe apenas um aguardo do resultado dos exames toxicológicos do idoso para que as investigações possam caminhar para a finalização. Um relatório policial deve ser encaminhado na próxima segunda (29) para o Ministério Público.

A defesa e a família da mulher continuam afirmando que Érika tem problemas psicológicos e que, inclusive, estava sob efeito de remédios. Contudo, os filhos dela foram intimidados a prestar depoimento, mas não compareceram na delegacia.

Novo depoimento é colhido nesta semana

Antes de ir ao banco Itaú, onde o caso ganhou repercussão, Érika levou o idoso a uma agência financeira da Crefisa, no início do dia de sua prisão. Para tentar saber como estava o estado de saúde de Paulo Roberto, a polícia ouviu a gerente desta primeira instituição nesta última quarta (24).

De acordo com a gerente da Crefisa, o idoso já estava “totalmente imóvel e com a cabeça virada para trás”. No depoimento, a funcionária afirmou que Erika falou que achava que Paulo não tinha condições de assinar documentos naquele momento.

A “sobrinha” do “tio Paulo” teria tentado liberar um empréstimo no nome de Paulo Roberto Braga e até chegou a dizer que era o “meu dinheiro”. Como não conseguiu apresentar um documento que comprovasse que o idoso estava impossibilitado de assinar, ela acabou desistindo.

Ainda segundo a gerente, Erika explicou que tinha feito o empréstimo em outra instituição bancária e fornecido uma conta do Itaú para depósito, para aonde seguiu com Paulo e, posteriormente, acabou sendo presa.

Em que fase estão as investigações?

A Polícia Civil já concluiu a primeira fase da investigação. Erika Vieira Nunes, de 42 anos, segue presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. De acordo com a polícia, existem fatos suficientes para determinar os crimes cometidos no momento da prisão em flagrante de Erika.

Nesta segunda fase, a polícia vem apurando se a mulher negou ajuda ao idoso, já que Paulo pode ter morrido no caminho para as agências bancárias. De acordo com depoimento do motorista que levou Erika e Paulo em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o idoso ainda estava vivo durante a viagem até a agência bancária.

Ainda segundo o condutor, Paulo Roberto chegou a segurar a porta do carro quando estava sendo retirado do veículo. Pelas imagens das câmeras de segurança é possível perceber que Erika leva o idoso em uma cadeira de rodas ao banco, logo após ter saído do carro. Na sequência da gravação, ela aparece repetidamente ajeitando a cabeça de Paulo, que já estava morto.

 

 

 

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