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Por: Tatiane Braz/portalfalacanedo.com.br
Foto: Divulgação
Redução da Insegurança alimentar reflete políticas recentes, mas disparidades regionais persistem, impactando milhões de brasileiros
Em 2023, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) revelaram que a insegurança alimentar afetou significativamente os lares brasileiros, atingindo 27,6% deles, o que equivale a 64 milhões de pessoas sem acesso adequado à alimentação básica. Embora esse número seja alto, representa um declínio notável em comparação aos anos anteriores, como 2017 e 2018, quando o Brasil registrou uma taxa de 36,7% de insegurança alimentar.
Dos 21,6 milhões de lares em situação de insegurança alimentar, 18,2% enfrentavam insegurança leve, 5,3% moderada e 4,1% grave, afetando inclusive crianças, que são geralmente poupadas quando o problema é menos grave. Isso resulta em quase 9 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou os esforços do governo para combater esse problema, apontando para os resultados positivos durante o terceiro mandato do presidente Lula, que possibilitaram que 24,4 milhões de pessoas deixassem a situação de fome em 2023.
No entanto, o caminho para superar completamente a fome e a pobreza ainda é longo. Embora haja uma redução geral nos índices de insegurança alimentar em comparação com os últimos anos, o número de lares afetados ainda é significativamente alto em relação à última década, quando o Brasil tinha 22,6% dos domicílios nessa situação.
As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas, com 39,7% e 38,8% dos domicílios enfrentando insegurança alimentar, respectivamente. A situação é ainda mais preocupante nessas regiões quando se trata de insegurança alimentar grave, com prevalências de 7,7% no Norte e 6,2% no Nordeste.
Enquanto isso, o Sul registrou o maior número de domicílios em segurança alimentar, com 83,4%, seguido pelo Centro-Oeste e Sudeste, com índices de 75,7% e 77%, respectivamente. Essa disparidade regional destaca a necessidade de políticas mais focadas e eficazes para garantir que todos os brasileiros tenham acesso adequado à alimentação.