Por: Alex Alves
Foto: Reprodução/Anna Moneymaker/GettyImages Embed
O presidente americano, Joe Biden, reinstaurou sanções sobre produtos importados da China, atingindo metade dos 400 itens anteriormente isentos. As novas taxas, que podem alcançar até 100%, buscam conter a entrada de produtos baratos e proteger a indústria interna dos EUA.
As montadoras americanas, por exemplo, argumentam que a concorrência é injusta devido aos menores custos de matéria-prima e mão de obra na China. A inundação de produtos manufaturados no mercado também prejudica a produção local.
A partir desta sexta-feira (24), uma nota oficial informou que itens variados, incluindo cadeiras escolares, alimentos, produtos médicos e veículos elétricos, serão taxados ou sobretaxados. Em alguns casos, a implementação das novas taxas será adiada para o próximo mês, permitindo que as alfândegas se ajustem.
Durante a administração de Donald Trump, a China também enfrentou sanções. Em agosto de 2019, Trump anunciou via Twitter que aumentaria os impostos sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses de 10% para 15%, culpando governos anteriores por permitir que a China ganhasse vantagem comercial.
Trump declarou que as sanções eram uma retaliação à China, que havia imposto taxas sobre US$ 75 bilhões em produtos americanos, incluindo petróleo, carros e aviões pequenos.
As tensões econômicas e diplomáticas entre os Estados Unidos e a China são de longa data. A crise no governo Biden e as eleições presidenciais americanas em novembro são fatores que podem influenciar significativamente a relação entre as duas potências. Trump prometeu, se reeleito, aumentar as taxas sobre produtos chineses até 200%. Além das disputas internacionais, os EUA enfrentam divisões políticas internas que impactam a política econômica.