Por: Redação
Foto Destaque: REUTERS/Amanda Perobelli
De acordo com uma pesquisa realizada pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU), e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o lixo produzido pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no último mês já soma quase que 47 milhões de toneladas de lixo.
Segundo o levantamento, essa quantidade já é maior do que todos os resíduos gerados na guerra na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. Os funcionários de limpeza pública das cidades do Rio Grande do Sul estão tendo que retirar o lixo das ruas, em um trabalho que não dá descanso.
Na capital Porto Alegre, por exemplo, cerca de 800 garis estão trabalhando todos os dias. Em Canoas, um dos municípios mais atingidos, 120 caminhões e 40 retroescavadeiras estão trabalhando diariamente para tentar remover todo o entulho. Segundo informações da prefeitura, o que sai de uma única casa enche um caminhão.
“A gente está se deparando com praticamente a casa inteira na calçada. Camas, colchões, o guarda-roupas, mesas. Praticamente todos os objetos”, afirma o secretário municipal de Serviços Urbanos de Canoas, Lucas Lacerda, ao Metrópoles.
Até agora, foram quase 4 mil viagens para uma área que serve como ponto de transferência para um aterro em Gravataí, a 30 quilômetros de distância.