Por: Redação
Foto: Divulgação/ACG
O empresário Maurício Sampaio, condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato do radialista Valério Luiz, apresentou-se à Polícia Civil em Goiânia nesta quinta-feira (20). A informação foi confirmada tanto por seu advogado, Ricardo Naves, quanto pela corporação policial. Sampaio entregou-se na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), na Cidade Jardim, após retornar de uma viagem.
Na sexta-feira (14), a Justiça havia expedido um mandado de prisão definitiva contra Sampaio. No mesmo dia, também foi emitido um mandado contra o policial militar da reserva Ademá Figueiredo Aguiar Filho, condenado por disparar contra o radialista. Figueiredo se entregou no presídio militar, no Setor Marista, em Goiânia, naquela mesma data.
O caso remonta a 5 de julho de 2012, quando Valério Luiz foi morto a tiros enquanto saía da emissora de rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo o Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas que Valério fazia à diretoria do Atlético Goianiense, clube no qual Sampaio era presidente na época.
Em novembro de 2022, quatro réus foram condenados pelo tribunal do júri em Goiânia. No entanto, as defesas recorreram ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), e em fevereiro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as condenações devido a irregularidades no interrogatório de Marcus Vinícius Pereira Xavier, um dos acusados. Em abril, a ministra Daniela Teixeira reconsiderou a decisão e o STJ manteve as condenações iniciais, negando habeas corpus a Sampaio.
As condenações confirmadas pelo TJ-GO são:
- Maurício Borges Sampaio: 16 anos de prisão como mandante da execução.
- Ademá Figueiredo Aguiar Filho: 16 anos de prisão por participação no planejamento e execução do crime.
- Marcus Vinícius Pereira Xavier: 14 anos de prisão por participação no planejamento e execução do crime.
- Urbano de Carvalho Malta: 14 anos de prisão por participação no planejamento e execução do crime.
Valério Luiz, de 49 anos, era filho do comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira. Na época do crime, Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O caso, que se arrasta há mais de uma década, destacou-se pelo impacto das críticas feitas por Valério à gestão do Atlético-GO e pela complexidade das investigações e dos julgamentos. A recente decisão do STJ reafirma a seriedade das acusações e a determinação da Justiça em resolver o caso, mesmo após tantos anos de disputa judicial.